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Maria da Fé - MG - ProCep

Maria da Fé

Vindos de Cristina, João Carneiro Santiago e José Correia de Carvalho, obtiveram uma sesmaria formada por terras do local denominado CAMPOS, perto daquele município.
Mais ou menos em meados do século XIX, foi a gleba dividida em duas partes onde cada um instalou sua fazenda, começando com seus escravos e familiares as culturas agrícolas e a exploração das riquezas existentes.
Com a morte de seus primitivos donos, as duas grandes fazendas foram sendo repartidas entre os herdeiros, e isto, aliado às constantes chegadas de moradores, determinou o progresso da região.
A cidade propriamente dita começou a edificar-se em terras de João Ribeiro de Paiva que foi quem primeiro instalou uma casa comercial, de sociedade com o Sr. Honório Costa.
Em seguida construíram-se outras casas e o povoado foi progredindo, até que, em 1859 foi elevado à categoria de distrito, com o nome de CAMPOS DE MARIA DA FÉ e pertencendo ao município de Cristina.
A estação ferroviária foi inaugurada no dia 27 de junho de 1891, trazendo em seu nome a qualificação da emblemática Dona Maria da Fé. Para além de uma simples homenagem à fazendeira pioneira da região, a referida estação acabou por representar a matriz geradora da nova vila que surgia: a VILA DE CAMPOS DE MARIA DA FÉ.
Pode-se inferir que a partir da utilização sistemática da linha férrea, o próprio cotidiano dos moradores apresentou significativas mudanças - como escolas, igreja e pontos comerciais ? as quais simbolizavam a nova fase de crescimento do antigo distrito.
No que toca às questões político-administrativas, a emancipação do município acompanhou a própria dinâmica do desenvolvimento da região: após a criação da Paróquia de Maria da Fé nos idos de 1908 (A Lei nº 566, de 30 de agosto de 1911, emancipou o Distrito, que passou a município com o nome de CAMPOS DE MARIA DA FÉ), a elevação de categoria à cidade foi promulgada no dia 1º de junho de 1912. A sede municipal permaneceria com o nome de Campos de Maria da Fé por mais de vinte anos, e, somente em 07 de setembro de 1923 a denominação passou a ser Maria da Fé, permanecendo até os dias atuais.
Apogeu e crise na economia mariense posteriormente ao movimento emancipatório, a cidade iniciou uma série de obras infra-estruturais, cujos principais aspectos objetivaram dinamizar os serviços de atendimento à população: aberturas de ruas e novas estradas; construções de praças e jardins públicos; instalações dos sistemas de água e eletricidade; formação de grupos escolares e colégios ginasiais; essas e outras realizações acabaram por representar significativas mudanças em Maria da Fé.
Articuladas a esse panorama de prosperidade, as lavouras de batata despontavam como principais responsáveis pelo crescimento sócio-econômico do município. Grande parte dos moradores da região estava envolvida no processo da bataticultura, a qual contemplava as etapas de plantio, colheita, armazenamento e distribuição do produto. A produção atingiu seu respectivo apogeu nas décadas de 70 e 80, época em que Maria da Fé se tornou a maior produtora de batatas no território nacional, com o volume anual de 46 mil toneladas.
Entretanto, no início dos anos 90, observou-se uma acentuada crise na cultura desse gênero, tendo em vista a conjugação dos seguintes fatores: sucessivas pragas nas sementes utilizadas para o plantio; cortes sistemáticos nos investimentos governamentais; dificuldades oriundas da baixa mecanização no campo e competitividade com outros mercados, principalmente Argentina e Santa Catarina. Nessa medida, as principais fontes de renda e de trabalho sofreram consideráveis impactos, ocasionando no aumento crítico do desemprego e da falta de recursos.

Judicialmente o município é subordinado à comarca de Cristina.

Cidade:

Maria da Fé

Estado:

MG

Prefeito:

ADILSON DOS SANTOS [2021]

Gentílico:

mariense

Área Territorial:

202,898 km²[2019]

População estimada:

14.056 pessoas [2020]

Densidade demográfica:

70,06 hab/km² [2010]

Escolarização :6 a 14 anos

98,9 % [2010]

IDHM: Índice de desenvolvimento humano municipal

0,702 [2010]

Mortalidade infantil:

5,26 óbitos por mil nascidos vivos [2017]

Receitas realizadas:

32.877,77215 R$ (×1000) [2017]

Despesas empenhadas:

30.667,41180 R$ (×1000) [2017]

PIB per capita:

11.731,60 R$ [2018]

Encontramos 4 endereços divididos em 2 bairros