Mercês
Mercês
Minas Gerais - MG
Histórico
Os primitivos habitantes da região, até fins do século XVII, eram índios da tribo dos goitacases, senhores do Rio Paraíba e seus afluentes.Forçados pelo avanço da civilização ou por fatores outros, foram esses primitivos habitantes subindo em direção às nascentes do rio, dispersando-se em aldeamentos vários. Os primeiros desbravadores a travar conhecimento com esses indígenasdenominaram-nos croatas, caiapós e pombas.Esse último nome coube às tribos que se adornavam com penas dessas aves e estendeu-se a toda a região, inclusive ao rio que, ainda hoje, é por ele conhecido.
″Região do Pomba″ foi, pois, a primeira denominação a abranger todo o extenso território onde surgiu o município de Pomba, do qual o povoadode Mercês veio a ser distrito, em 1841.Dos primeiros moradores brancos a se fixarem no distrito de Nossa Senhora das Mercês do Pomba, guardou a tradição o nome de um tal Vieira, aparentado com dois fundadores da cidade de Pomba, do mesmo sobrenome Vieira.Teria esse primeiro morador vindo à região atraído pela fama da existência de jazidas minerais; ao chegar, pernoitou à margem do rio Paciência, tendo sido então surpreendido pelos indígenas que lhe levaram toda a bagagem, inclusive a roupa do corpo, deixando-o qual novo Adão, naquele paraíso agreste.Mas, mesmo pelas contingências do momento, teve o branco de reagir às circunstâncias e o fez construindo a primeira morada, passando a integrar-se no sistema de vida do gentio, inclusive casando-se com algumas índias.
Foi ele o construtor da primeira capela, templo este, porém, destruído, posteriormente pelos próprios indígenas que julgaram a construção responsável por violenta epidemia que dizimava as tribos.Vieira reconstruiu a igrejinha e nela foi rezada missa pelo padre Manoel de Jesus Maria, cerca de cinqüenta anos depois.
Em 1767, o capitão-general Luís Diogo Lobo da Silva, governador da capitania, teve de conseguir um sacerdote que se encarregasseda catequese dos índios do rio Pomba, o que não foi de todo o fácil, dado o estado de ânimo sempre irritado daqueles gentios contra os invasores.A solução foi encontrada na pessoa do padre Manoel de Jesus Maria, brasileiro.Tendo recebido Alvará do Governo e Provisão da Cúria, que lhe davam autoridade civil e eclesiástica em todas as terras do índios Pomba, deixou Vila Rica em fins de novembro de 1767, acompanhado de um curador de índios e oito índios domésticos.
A pequena comitiva veio a cavalo até Guará-Piranga, onde deixaram os animais por não haver estradas.Daí ao termo da viagem, à taba central dos índios Pomba, conduziram a carga às costas, através da mata virgem.O jovem padre fundou então seu centro de catequese, de onde irradiou suas atividades por 44 anos, erigindo dezenas de aldeias, das quais algumas progrediram e tornaram-se, mais tarde, núcleo que deram origem às cidades de Pomba, Guarani, Rio Novo, Rio Branco, Ubá, Lima Duarte, São João Nepomuceno, São José do Além-Paraíba, Cataguases, Alto Rio Doce, e Mercês.Esse apóstolo morreu no dia 9 de dezembro de 1911.Padre Manoel de Jesus Maria, portanto, foi o primeiro a impulsionar, conscientemente, a fundação do município de Mercês.
Dos fatos mais característicos da história do município, há a registrar o de ter recebido a visita de um Presidente da Província que, ao despachar um ato de nomeação, mandou que o mesmo fosse iniciado com os dizeres, ″Palácio do Governo da Província de Minas Gerais, em Mercês do Pomba, aos sete de dezembro do ano da graça de 1856, etc.″, o que conferiu à vila o privilégio de capital da Província, por um dia, e prova a importância da povoação, já naqueles tempos. Outro episódio que demonstra essa importância foi a comemoração do centenário da primitiva capelinha local, no dia 24 de setembro de 1869, com a presença de vultos de importância na vida nacional, podendo ser citados os nomes de Mariano Procópio Ferreira Lages e Honório Ferreira Armond, mais tarde barão de Pitangui.
O povoado que, em 1801, era insignificante, foi elevado à freguesia em 1841.Com o advento da República, Mercês teve o seu primeiro Conselho distrital, eleito pelo povo, cabendo a presidência do mesmo ao Dr. Fernandes Teixeira de Souza Magalhães.
O município teve o seu serviço postal regular instalado em 1858; seu primeiro Grupo escolar data de 1917; um ramal de estrada de ferro, ligando o município a Palmira,em 1914; Telégrafo Nacional, água potável e iluminação elétrica em 1918.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Mercês, pela Lei Provincial nº 209, de 07-04-1841, e Lei Estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Pomba.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Mercês, pela Lei Estadual nº 556, de 30-08-1911, desmembrado de Pomba. Sede no antigo distrito de Mercês. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-06-1912.
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, a vila é constituída distritosede.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Mercês, pela Lei Estadual nº 893, de 10-09-1925.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Minas Gerais - MG
Histórico
Os primitivos habitantes da região, até fins do século XVII, eram índios da tribo dos goitacases, senhores do Rio Paraíba e seus afluentes.Forçados pelo avanço da civilização ou por fatores outros, foram esses primitivos habitantes subindo em direção às nascentes do rio, dispersando-se em aldeamentos vários. Os primeiros desbravadores a travar conhecimento com esses indígenasdenominaram-nos croatas, caiapós e pombas.Esse último nome coube às tribos que se adornavam com penas dessas aves e estendeu-se a toda a região, inclusive ao rio que, ainda hoje, é por ele conhecido.
″Região do Pomba″ foi, pois, a primeira denominação a abranger todo o extenso território onde surgiu o município de Pomba, do qual o povoadode Mercês veio a ser distrito, em 1841.Dos primeiros moradores brancos a se fixarem no distrito de Nossa Senhora das Mercês do Pomba, guardou a tradição o nome de um tal Vieira, aparentado com dois fundadores da cidade de Pomba, do mesmo sobrenome Vieira.Teria esse primeiro morador vindo à região atraído pela fama da existência de jazidas minerais; ao chegar, pernoitou à margem do rio Paciência, tendo sido então surpreendido pelos indígenas que lhe levaram toda a bagagem, inclusive a roupa do corpo, deixando-o qual novo Adão, naquele paraíso agreste.Mas, mesmo pelas contingências do momento, teve o branco de reagir às circunstâncias e o fez construindo a primeira morada, passando a integrar-se no sistema de vida do gentio, inclusive casando-se com algumas índias.
Foi ele o construtor da primeira capela, templo este, porém, destruído, posteriormente pelos próprios indígenas que julgaram a construção responsável por violenta epidemia que dizimava as tribos.Vieira reconstruiu a igrejinha e nela foi rezada missa pelo padre Manoel de Jesus Maria, cerca de cinqüenta anos depois.
Em 1767, o capitão-general Luís Diogo Lobo da Silva, governador da capitania, teve de conseguir um sacerdote que se encarregasseda catequese dos índios do rio Pomba, o que não foi de todo o fácil, dado o estado de ânimo sempre irritado daqueles gentios contra os invasores.A solução foi encontrada na pessoa do padre Manoel de Jesus Maria, brasileiro.Tendo recebido Alvará do Governo e Provisão da Cúria, que lhe davam autoridade civil e eclesiástica em todas as terras do índios Pomba, deixou Vila Rica em fins de novembro de 1767, acompanhado de um curador de índios e oito índios domésticos.
A pequena comitiva veio a cavalo até Guará-Piranga, onde deixaram os animais por não haver estradas.Daí ao termo da viagem, à taba central dos índios Pomba, conduziram a carga às costas, através da mata virgem.O jovem padre fundou então seu centro de catequese, de onde irradiou suas atividades por 44 anos, erigindo dezenas de aldeias, das quais algumas progrediram e tornaram-se, mais tarde, núcleo que deram origem às cidades de Pomba, Guarani, Rio Novo, Rio Branco, Ubá, Lima Duarte, São João Nepomuceno, São José do Além-Paraíba, Cataguases, Alto Rio Doce, e Mercês.Esse apóstolo morreu no dia 9 de dezembro de 1911.Padre Manoel de Jesus Maria, portanto, foi o primeiro a impulsionar, conscientemente, a fundação do município de Mercês.
Dos fatos mais característicos da história do município, há a registrar o de ter recebido a visita de um Presidente da Província que, ao despachar um ato de nomeação, mandou que o mesmo fosse iniciado com os dizeres, ″Palácio do Governo da Província de Minas Gerais, em Mercês do Pomba, aos sete de dezembro do ano da graça de 1856, etc.″, o que conferiu à vila o privilégio de capital da Província, por um dia, e prova a importância da povoação, já naqueles tempos. Outro episódio que demonstra essa importância foi a comemoração do centenário da primitiva capelinha local, no dia 24 de setembro de 1869, com a presença de vultos de importância na vida nacional, podendo ser citados os nomes de Mariano Procópio Ferreira Lages e Honório Ferreira Armond, mais tarde barão de Pitangui.
O povoado que, em 1801, era insignificante, foi elevado à freguesia em 1841.Com o advento da República, Mercês teve o seu primeiro Conselho distrital, eleito pelo povo, cabendo a presidência do mesmo ao Dr. Fernandes Teixeira de Souza Magalhães.
O município teve o seu serviço postal regular instalado em 1858; seu primeiro Grupo escolar data de 1917; um ramal de estrada de ferro, ligando o município a Palmira,em 1914; Telégrafo Nacional, água potável e iluminação elétrica em 1918.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Mercês, pela Lei Provincial nº 209, de 07-04-1841, e Lei Estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Pomba.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Mercês, pela Lei Estadual nº 556, de 30-08-1911, desmembrado de Pomba. Sede no antigo distrito de Mercês. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-06-1912.
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, a vila é constituída distritosede.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Mercês, pela Lei Estadual nº 893, de 10-09-1925.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Cidade:
Mercês
Estado:
MG
Prefeito:
WANDERLUCIO BARBOSA [2021]
Gentílico:
mercesano
Área Territorial:
348,271 km²[2019]
População estimada:
10.758 pessoas [2020]
Densidade demográfica:
29,77 hab/km² [2010]
Escolarização :6 a 14 anos
97,9 % [2010]
IDHM: Índice de desenvolvimento humano municipal
0,664 [2010]
Mortalidade infantil:
19,80 óbitos por mil nascidos vivos [2017]
Receitas realizadas:
27.389,94856 R$ (×1000) [2017]
Despesas empenhadas:
24.654,17868 R$ (×1000) [2017]
PIB per capita:
11.118,41 R$ [2018]