São João da Mata
São João da Mata
Minas Gerais — MG
Histórico
A ocupação da região que hoje se chama São João da Mata se iniciou pouco antes de 1930, quando lavradores começaram a ocupar os vastos espaços existentes, para desenvolverem culturas de café, feijão e milho. O clima, regime de águas e solo eram convidativos, atraindo pessoas das adjacências.
Gradualmente essa imensidão foi sendo colonizada, com disseminação das culturas de batata, feijão, milho, arroz e banana, além da plantação de hortaliças para auto-subsistência. Bastante presente era, também, a pecuária, com gado suíno e bovino. Galináceos eram destinados ao consumo próprio, sendo na época raros.
As maneiras pelas quais os homens se relacionam com o seu meio variam no decorrer do processo histórico. Essas diferentes interações criam formas distintas de interpretar a natureza. Esses primeiros povoadores que habitaram São João da Mata deram um significado muito específico à natureza ao seu redor. Na maioria das vezes, o ambiente foi visto como agreste e severo. Segundo relatos de moradores, em algumas ocupações a produção agrícola era insuficiente, o clima frio inibia o cultivo de certas plantações e criação de animais. Por outro lado, ainda não se conheciam todas as peculiaridades do solo, experimentavam várias lavouras, mas nem todas eram bem sucedidas.
Contudo, esse incipiente núcleo agro-pecuário foi se estabilizando. A produção de leite se destacava aos poucos. Alguns grãos começaram a ser comercializados localmente, outros produtos, como a batata tinha, cada vez mais, um escoamento para lugares distantes, como Pouso Alegre e, posteriormente, Belo Horizonte. A consolidação dessa etapa é recente, durou aproximadamente trinta anos, em um ritmo lento, mas gradual. Na verdade foi um processo simultâneo de experimentação e expansão agrícola.
Nesse momento São João da Mata fazia parte da cidade de Silvianópolis. A ocupação nessa região como um todo é antiga, data de meados do século XVIII, quando se descobriu jazidas auríferas às margens do rio Sapucaí. Muitos mineiros começaram a residir na região. Tornando-se necessário abastecer esse povoado em crescimento, foram instaladas pequenas plantações agrícolas, visando à produção de alimentos para própria subsistência.
Durante o século XVIII e XIX a região referente à atual São João da Mata, nada mais era do que um lugar inóspito que não oferecia maiores interesses. Suas longas extensões de mata cerrada afugentavam uma ocupação sistemática, devido as dificuldade de se assentar um povoado naquela localidade. Como não houve indícios de metais preciosos, a região acabou passando despercebida. Essa época coincide com o processo de consolidação de uma visão mercantilizada da natureza, pois o que atraía as pessoas a um lugar era a possibilidade de seu uso comercial.
Os deslocamentos populacionais que ocorriam na região era uma maneira das pessoas se adaptarem e colonizarem esses longos espaços abertos. Nesse sentido as regiões fronteiriças a São João da Mata, como Silvianópolis, foram atravessadas várias vezes por migrantes, a procura de novos lugares. Alguns se estabilizavam, mas outros preferiam à vida errante.
Essa preferência pelo nomadismo era uma característica da população do século XIX, como afirmam os historiadores, tanto é assim que a ocupação em São João da Mata só começa no século XX, momento muito diverso, quando a legislação para ocupação de terras é totalmente outra. Embora, provavelmente houvesse lavradores isolados morando nessa região já algum tempo.
Nos anos de 1930, o Brasil ainda era um país rural, embora uma sociedade urbano-industrial começava a se delinear. Em princípio, por ser uma área de mata virgem, não colonizada, o município de São João, oferecia uma possibilidade maior de aquisição de terras, já que nas regiões habitadas só havia espaço para grandes latifúndios. Assim, após a existência de núcleos agrícolas, um pequeno povoado de feições mais urbanas se definem. Na década de 1930, comerciantes começam a se fixar na região, para viabilizar comércio com as fazendas e sítios já então existentes
Esses comerciantes, donos de armazéns, foram os fundadores de São João da Mata. Destacaram-se José Joaquim Fagundes, Joaquim Pires de Oliveira, Avelino Vieira, João Bueno Fagundes, José Patrício e José Anastácio. Alguns residiam originariamente na área rural, mas acabaram por se fixar na incipiente área urbana.
Nessa época a região passou-se a chamar Jacarini, em 1944, quando atinge a categoria de distrito, pertencente à Silvianópolis. Porém em finais da década de 1950, moradores locais começaram a se articular para conseguir a emancipação política. Assim, em vinte de janeiro de 1958, foi fundada a Comissão pro-emancipação de São João da Mata (o antigo nome é retomado).
O objetivo foi atingido em 29 de dezembro de 1962, quando emancipação política foi reconhecida.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Jacarini, pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, com terras desmembradas do distrito de Jangada, subordinado ao município de Silvianópolis.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Jacarini figura no município Silvianópolis.
Pela lei nº 1039, de 12-12-1953, o distrito de Jacarini passou a denominar-se São João da Mata.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o distrito de São João da Mata (ex-Jacarini),
figurano município de Silvianópolis.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Elevado à categoria de município com a denominação de São João da Mata, pela lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembrado de Silvianópolis. Sede no antigo distrito de São João da Mata. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-03-1963.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, ó município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica distrital
Jacarini para São João da Mata, alterado pela lei nº 1039, de 12-12-1953.
Minas Gerais — MG
Histórico
A ocupação da região que hoje se chama São João da Mata se iniciou pouco antes de 1930, quando lavradores começaram a ocupar os vastos espaços existentes, para desenvolverem culturas de café, feijão e milho. O clima, regime de águas e solo eram convidativos, atraindo pessoas das adjacências.
Gradualmente essa imensidão foi sendo colonizada, com disseminação das culturas de batata, feijão, milho, arroz e banana, além da plantação de hortaliças para auto-subsistência. Bastante presente era, também, a pecuária, com gado suíno e bovino. Galináceos eram destinados ao consumo próprio, sendo na época raros.
As maneiras pelas quais os homens se relacionam com o seu meio variam no decorrer do processo histórico. Essas diferentes interações criam formas distintas de interpretar a natureza. Esses primeiros povoadores que habitaram São João da Mata deram um significado muito específico à natureza ao seu redor. Na maioria das vezes, o ambiente foi visto como agreste e severo. Segundo relatos de moradores, em algumas ocupações a produção agrícola era insuficiente, o clima frio inibia o cultivo de certas plantações e criação de animais. Por outro lado, ainda não se conheciam todas as peculiaridades do solo, experimentavam várias lavouras, mas nem todas eram bem sucedidas.
Contudo, esse incipiente núcleo agro-pecuário foi se estabilizando. A produção de leite se destacava aos poucos. Alguns grãos começaram a ser comercializados localmente, outros produtos, como a batata tinha, cada vez mais, um escoamento para lugares distantes, como Pouso Alegre e, posteriormente, Belo Horizonte. A consolidação dessa etapa é recente, durou aproximadamente trinta anos, em um ritmo lento, mas gradual. Na verdade foi um processo simultâneo de experimentação e expansão agrícola.
Nesse momento São João da Mata fazia parte da cidade de Silvianópolis. A ocupação nessa região como um todo é antiga, data de meados do século XVIII, quando se descobriu jazidas auríferas às margens do rio Sapucaí. Muitos mineiros começaram a residir na região. Tornando-se necessário abastecer esse povoado em crescimento, foram instaladas pequenas plantações agrícolas, visando à produção de alimentos para própria subsistência.
Durante o século XVIII e XIX a região referente à atual São João da Mata, nada mais era do que um lugar inóspito que não oferecia maiores interesses. Suas longas extensões de mata cerrada afugentavam uma ocupação sistemática, devido as dificuldade de se assentar um povoado naquela localidade. Como não houve indícios de metais preciosos, a região acabou passando despercebida. Essa época coincide com o processo de consolidação de uma visão mercantilizada da natureza, pois o que atraía as pessoas a um lugar era a possibilidade de seu uso comercial.
Os deslocamentos populacionais que ocorriam na região era uma maneira das pessoas se adaptarem e colonizarem esses longos espaços abertos. Nesse sentido as regiões fronteiriças a São João da Mata, como Silvianópolis, foram atravessadas várias vezes por migrantes, a procura de novos lugares. Alguns se estabilizavam, mas outros preferiam à vida errante.
Essa preferência pelo nomadismo era uma característica da população do século XIX, como afirmam os historiadores, tanto é assim que a ocupação em São João da Mata só começa no século XX, momento muito diverso, quando a legislação para ocupação de terras é totalmente outra. Embora, provavelmente houvesse lavradores isolados morando nessa região já algum tempo.
Nos anos de 1930, o Brasil ainda era um país rural, embora uma sociedade urbano-industrial começava a se delinear. Em princípio, por ser uma área de mata virgem, não colonizada, o município de São João, oferecia uma possibilidade maior de aquisição de terras, já que nas regiões habitadas só havia espaço para grandes latifúndios. Assim, após a existência de núcleos agrícolas, um pequeno povoado de feições mais urbanas se definem. Na década de 1930, comerciantes começam a se fixar na região, para viabilizar comércio com as fazendas e sítios já então existentes
Esses comerciantes, donos de armazéns, foram os fundadores de São João da Mata. Destacaram-se José Joaquim Fagundes, Joaquim Pires de Oliveira, Avelino Vieira, João Bueno Fagundes, José Patrício e José Anastácio. Alguns residiam originariamente na área rural, mas acabaram por se fixar na incipiente área urbana.
Nessa época a região passou-se a chamar Jacarini, em 1944, quando atinge a categoria de distrito, pertencente à Silvianópolis. Porém em finais da década de 1950, moradores locais começaram a se articular para conseguir a emancipação política. Assim, em vinte de janeiro de 1958, foi fundada a Comissão pro-emancipação de São João da Mata (o antigo nome é retomado).
O objetivo foi atingido em 29 de dezembro de 1962, quando emancipação política foi reconhecida.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Jacarini, pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, com terras desmembradas do distrito de Jangada, subordinado ao município de Silvianópolis.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Jacarini figura no município Silvianópolis.
Pela lei nº 1039, de 12-12-1953, o distrito de Jacarini passou a denominar-se São João da Mata.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o distrito de São João da Mata (ex-Jacarini),
figurano município de Silvianópolis.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Elevado à categoria de município com a denominação de São João da Mata, pela lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembrado de Silvianópolis. Sede no antigo distrito de São João da Mata. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-03-1963.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, ó município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica distrital
Jacarini para São João da Mata, alterado pela lei nº 1039, de 12-12-1953.
Cidade:
São João da Mata
Estado:
MG
Prefeito:
ROSEMIRO DE PAIVA MUNIZ [2021]
Gentílico:
são-joanense-da-mata
Área Territorial:
120,536 km²[2019]
População estimada:
2.746 pessoas [2020]
Densidade demográfica:
22,66 hab/km² [2010]
Escolarização :6 a 14 anos
93,3 % [2010]
IDHM: Índice de desenvolvimento humano municipal
0,653 [2010]
Mortalidade infantil:
52,63 óbitos por mil nascidos vivos [2017]
Receitas realizadas:
12.815,64102 R$ (×1000) [2017]
Despesas empenhadas:
11.700,74588 R$ (×1000) [2017]
PIB per capita:
15.662,56 R$ [2018]