São José da Barra
Histórico:
A Barra ou a Barra do Rio Sapucaí, vilarejo na confluência com o Rio Grande, ponto de referência mais antigo que Passos e Alpinópolis (MG) e contemporâneo de Jacuí e das questões envolvendo os limites dos estados de São Paulo e Minas Gerais, no século XVIII. A partir do Rio Sapucaí as Bandeiras chegam a Barra do Sapucaí vindas da Mantiqueira através do rio, encontrando o Rio Jeticahy, mais tarde batizado de Rio Grande, tornando a Barra um marco de referência. Em 1740 o Papa Bento XVI define os bispados de São Paulo e Minas Gerais, fixando o Rio Sapucaí como marco divisório, sendo pois a região Paulista. Em 1762 os Paulistas tomam posse da região justamente na Paragem da Barra, que mais tarde após três anos o então governador de Minas Luís Diogo Lobo da Silvatomam pela força das armas posse da mesma paragem da Barra, que passa a Província de Minas, e que após dois séculos adormeceria sob as águas dos rios Sapucahy e Jeticahy.
São José da Barra, ou simplesmente Pontal da Barra era um vilarejo situado às margens do encontro dos Rios Grande e Sapucaí, distante 94 Km da cidade de Passos. Pertencente ao município de Alpinópolis, sua população vivia nos anos cinquenta da pesca e agricultura. Até a construção da represa de Furnas, o cotidiano da vida dos moradores permanecia inalterado. Porém a partir do início das obras, foi iniciado o processo de retirada dos habitantes em 1958 concluindo-se em 1963, época do enchimento do reservatório de Furnas que cobriu totalmente aquela comunidade. Boa parte dos moradores transferiu-se para os municípios próximos ou para a nova cidade criada, próximo ao canteiro de obras da represa.
Até 1957, o vilarejo de São José da Barra, eram constituído por algumas dezenas de casas, porém com o importante papel de entreposto para o comércio e passagem obrigatória para a capital Belo Horizonte. Dada a intensidade de tráfego o vilarejo possuia boa infra estrutura com grupo escolar localizado na praça central abaixo da igreja de São José, bomba de gasolina, localizada próximo ao grupo. A travessia do Rio Grande era feita por balsa, e nas proximidades do próprio rio existiam pensão, armazém, restaurante, características da parada da Barra. O ponto turístico era a confluência dos dois rios Grande e Sapucaí, com destaque para a queda de água formada no rio Sapucaí denominada de Salto.
Com o início das obras da Usina Hidrelétrica de Furnas em 1958 e o eminente fim da Barra, inicia-se o processo de mudança dos moradores da região. A partir daí, Furnas realizava indenizações, muitas das vezes de valor irrelevante, que gerou a permanencia de moradores até a completa inundação do local. O Pároco Ubirajara Cabral convida o então bispo Dom Inácio Dalmont para o ato de encerramento das missões e transferência de sede da Paróquio de São José da Barra, no dia 15 de julho de 1962, para o novo local denominado Água Limpa, próximo ao canteiro de obras da barragem que viria a ficar conhecido mais tarde como Barra Nova. A última Missa iniciou-se às 10:30 horas com a presença do bispo, dos frades capucinhos Justino Prado e Ludovico Gomes e representantes de Furnas. Às 15:00 horas foi realizado o translado da imagem de São José para a capela provisória em carro aberto e acompanhada pelos moradores. Era o início do fim.
Em 1963 o reservatório de Furnas começa a ser formado, em poucas horas as águas tomam conta do casario da Barra Velha, e lentamente a cidade desaparece. É o fim da Barra Velha, o fim da visão da Barra do Sapucaí, restando apenas a memória dos seus moradores.
A nova cidade de São José da Barra foi planejada e construída a pedido do Padre Ubirajara Cabral, pároco local, em forma de 'banjo'. Na mudança da cidade muitas pessoas se mudaram para a nova cidade e ao chegar todos ficaram meio depressivos, pois tiveram de largar suas casas e terras e vendê-las por preços muito baixos pois a água iria cobrí-las. As novas ruas não tinham asfalto nem saneamento básico, a eletricidade da cidade era de um motor a diesel. Por ironia a 3 Km dali havia uma usina hidrelétrica funcionando e em seu acampamento havia hospital, clube, cinema e saneamento básico.
Gentílico: Barrense
Formação Administrativa:
O município de São José da Barra foi distrito de Passos até 1939, a partir daí passou a pertencer ao município de Alpinópolis.
Sua emancipação ocorreu em 21 de dezembro de 1995.
A Barra ou a Barra do Rio Sapucaí, vilarejo na confluência com o Rio Grande, ponto de referência mais antigo que Passos e Alpinópolis (MG) e contemporâneo de Jacuí e das questões envolvendo os limites dos estados de São Paulo e Minas Gerais, no século XVIII. A partir do Rio Sapucaí as Bandeiras chegam a Barra do Sapucaí vindas da Mantiqueira através do rio, encontrando o Rio Jeticahy, mais tarde batizado de Rio Grande, tornando a Barra um marco de referência. Em 1740 o Papa Bento XVI define os bispados de São Paulo e Minas Gerais, fixando o Rio Sapucaí como marco divisório, sendo pois a região Paulista. Em 1762 os Paulistas tomam posse da região justamente na Paragem da Barra, que mais tarde após três anos o então governador de Minas Luís Diogo Lobo da Silvatomam pela força das armas posse da mesma paragem da Barra, que passa a Província de Minas, e que após dois séculos adormeceria sob as águas dos rios Sapucahy e Jeticahy.
São José da Barra, ou simplesmente Pontal da Barra era um vilarejo situado às margens do encontro dos Rios Grande e Sapucaí, distante 94 Km da cidade de Passos. Pertencente ao município de Alpinópolis, sua população vivia nos anos cinquenta da pesca e agricultura. Até a construção da represa de Furnas, o cotidiano da vida dos moradores permanecia inalterado. Porém a partir do início das obras, foi iniciado o processo de retirada dos habitantes em 1958 concluindo-se em 1963, época do enchimento do reservatório de Furnas que cobriu totalmente aquela comunidade. Boa parte dos moradores transferiu-se para os municípios próximos ou para a nova cidade criada, próximo ao canteiro de obras da represa.
Até 1957, o vilarejo de São José da Barra, eram constituído por algumas dezenas de casas, porém com o importante papel de entreposto para o comércio e passagem obrigatória para a capital Belo Horizonte. Dada a intensidade de tráfego o vilarejo possuia boa infra estrutura com grupo escolar localizado na praça central abaixo da igreja de São José, bomba de gasolina, localizada próximo ao grupo. A travessia do Rio Grande era feita por balsa, e nas proximidades do próprio rio existiam pensão, armazém, restaurante, características da parada da Barra. O ponto turístico era a confluência dos dois rios Grande e Sapucaí, com destaque para a queda de água formada no rio Sapucaí denominada de Salto.
Com o início das obras da Usina Hidrelétrica de Furnas em 1958 e o eminente fim da Barra, inicia-se o processo de mudança dos moradores da região. A partir daí, Furnas realizava indenizações, muitas das vezes de valor irrelevante, que gerou a permanencia de moradores até a completa inundação do local. O Pároco Ubirajara Cabral convida o então bispo Dom Inácio Dalmont para o ato de encerramento das missões e transferência de sede da Paróquio de São José da Barra, no dia 15 de julho de 1962, para o novo local denominado Água Limpa, próximo ao canteiro de obras da barragem que viria a ficar conhecido mais tarde como Barra Nova. A última Missa iniciou-se às 10:30 horas com a presença do bispo, dos frades capucinhos Justino Prado e Ludovico Gomes e representantes de Furnas. Às 15:00 horas foi realizado o translado da imagem de São José para a capela provisória em carro aberto e acompanhada pelos moradores. Era o início do fim.
Em 1963 o reservatório de Furnas começa a ser formado, em poucas horas as águas tomam conta do casario da Barra Velha, e lentamente a cidade desaparece. É o fim da Barra Velha, o fim da visão da Barra do Sapucaí, restando apenas a memória dos seus moradores.
A nova cidade de São José da Barra foi planejada e construída a pedido do Padre Ubirajara Cabral, pároco local, em forma de 'banjo'. Na mudança da cidade muitas pessoas se mudaram para a nova cidade e ao chegar todos ficaram meio depressivos, pois tiveram de largar suas casas e terras e vendê-las por preços muito baixos pois a água iria cobrí-las. As novas ruas não tinham asfalto nem saneamento básico, a eletricidade da cidade era de um motor a diesel. Por ironia a 3 Km dali havia uma usina hidrelétrica funcionando e em seu acampamento havia hospital, clube, cinema e saneamento básico.
Gentílico: Barrense
Formação Administrativa:
O município de São José da Barra foi distrito de Passos até 1939, a partir daí passou a pertencer ao município de Alpinópolis.
Sua emancipação ocorreu em 21 de dezembro de 1995.
Cidade:
São José da Barra
Estado:
MG
Prefeito:
PAULO SERGIO LEANDRO DE OLIVEIRA [2021]
Gentílico:
são josé barrense
Área Territorial:
308,319 km²[2019]
População estimada:
7.480 pessoas [2020]
Densidade demográfica:
21,57 hab/km² [2010]
Escolarização :6 a 14 anos
99,2 % [2010]
IDHM: Índice de desenvolvimento humano municipal
0,739 [2010]
Mortalidade infantil:
21,28 óbitos por mil nascidos vivos [2017]
Receitas realizadas:
28.593,65360 R$ (×1000) [2017]
Despesas empenhadas:
27.194,23969 R$ (×1000) [2017]
PIB per capita:
75.480,47 R$ [2018]