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Entre as mais jovens regiões do Estado do Paraná a serem povoadas e colonizadas, como decorrência do ciclo do café, está a imensa zona situada a noroeste, na bacia dos rios Paraná e Paranapanema, nos lindes do Paraná com o Estado de Mato Grosso. Foi ali que, ainda no início do século XVI, espanhóis e portugueses fizeram as suas primeiras penetrações, quase ao mesmo tempo, desencadeando as primeiras lutas pela posse efetiva da terra.
Assim, o descobrimento, o desbravamento e o povoamento das terras que hoje constituem o Estado do Paraná foram obra de castelhanos, portugueses e bandeirantes paulistas que, a partir de 1501, começaram a fazer suas primeiras 'entradas' através do sertão guairenho, trilhando os caminhos fluviais e as 'picadas' íngremes do sertão agreste ignoto e bravio. Data do início dessas penetrações a abertura dos primitivos caminhos através do sertão e conhecidos pelas denominações de Caminho de Peabiru ou de São Tomé, Caminho Terrestre do Cubatão, Caminho Fluvial do Cubatão, de ltupava e do Arraial e de Sorocaba a Viamão, por onde transitaram, no século XVI, personalidades ilustres, numerosas pessoas e expedições as mais diversas.
Foi exatamente nas terras que hoje constituem a prodigiosa região do Norte do Paraná que o rei de Espanha, tendo em vista as disposições do Tratado de Tordesilhas, mandou aos seus súbditos que promovessem a invasão do território brasileiro, iniciando ali a formação de aldeamento de índios selvagens, a fundação de povoados e a catequese e civilização dos povos autóctones que, até aquela época, eram os únicos donatários da terra.