Boa Vista do Buricá
A colonização do território onde hoje se encontra Boa Vista do Buricá iniciou em meados da década de 1920, quando as terras do “além Buricá” começaram a ser loteadas pela administração de Palmeira das Missões; de posse do governo, eram compradas por companhias que se organizavam para vender os lotes para particulares. A propaganda para a venda se baseava principalmente na fertilidade do solo; eram ainda concedidas boas condições de pagamento e prometia-se habitação para o período de desmatamento e erguimento do próprio teto.
No ano de 1928, ocorreu a entrada dos primeiros colonizadores de origem germânica. Levas e levas de agricultores da região das “colônias velhas” – hoje vales do Rio Pardo e do Rio Taquari – deixaram suas terras e se aventuraram em busca de melhores condições de vida em áreas ainda desconhecidas e pouco habitadas do estado do Rio Grande do Sul. Assim como os teuto-brasileiros, também compraram terras no local algumas famílias de descendentes de italianos, oriundos de Caxias do Sul, Farroupilha e Bento Gonçalves.
Quando os colonizadores teuto-brasileiros chegaram, praticamente não havia mais tribos indígenas sediadas nessa área. O que havia eram pequenos grupos de índios ou caboclos que viviam quase como nômades, plantando um pouco para sua sobrevivência, caçando e pescando. Mais tarde, era comum que prestassem serviços aos colonizadores – fabrico de cestos, derrubada de árvores – em troca de dinheiro ou comida. Aos poucos, e à medida em que as terras eram compradas pelos colonizadores, essas populações nativas foram saindo da região.
As dificuldades enfrentadas no início da colonização foram inúmeras e variadas. Iam desde a falta absoluta de infraestrutura – transporte, comunicação, atendimento de saúde – até a escassez de alimentos, uma vez que se dependia unicamente da produção local. Em busca de melhores condições de vida e por meio da cooperação, rapidamente a comunidade conseguiu construir sua escola, igreja e algum comércio de produtos de primeira necessidade.
Um dos aspectos mais marcantes da primeira metade do século XX foi a proibição de se falar no Brasil a língua alemã, motivada pela Segunda Guerra Mundial, que colocava os dois países em lados opostos. O problema é que grande parte dos colonizadores da localidade não dominava a língua portuguesa e toda a comunicação, nas escolas, nas igrejas e na sociedade como um todo, era realizada em alemão. Estabeleceu-se um grande conflito entre os moradores e as autoridades, que contratavam espiões para fiscalizar e prender os transgressores, muitas vezes de forma violenta.
Em 1961, ocorreu o primeiro plebiscito para a formação de Boa Vista do Buricá, mas os votos contrários prevaleceram, motivados principalmente pela disputa entre Ivagaci e a atual sede para a instalação da sede municipal. Um ano mais tarde, foi realizado o segundo plebiscito, e desta vez o “sim” venceu. Assim, em 2 de dezembro de 1963, foi criado o município de Boa Vista do Buricá.
O nome Boa Vista do Buricá deve-se a dois aspectos: o primeiro, “boa vista”, remete à visão que se tem das cabeceiras do Lajeado Alpargatas, quando deságua no Rio Buricá, a partir das coxilhas que separam a atual sede da comunidade de Ivagaci.Já Buricá é o nome do importante rio que banha as terras do município. A origem dessa palavra é tupi-guarani: “buri” é uma espécie de palmeira e “caã” significa mato. Nos primeiros anos da colonização, havia abundância dessas palmeiras na região; enquanto a derrubada das matas ocorria de forma intensa, essas palmeiras eram preservadas, pois suas longas folhas serviam de alimento para o gado, principalmente durante o inverno, seu frutinho servia de alimento tanto aos pequenos animais quanto ao homem e seu tronco, ao ser escavado, podia ser usado como condutor de água.
No ano de 1928, ocorreu a entrada dos primeiros colonizadores de origem germânica. Levas e levas de agricultores da região das “colônias velhas” – hoje vales do Rio Pardo e do Rio Taquari – deixaram suas terras e se aventuraram em busca de melhores condições de vida em áreas ainda desconhecidas e pouco habitadas do estado do Rio Grande do Sul. Assim como os teuto-brasileiros, também compraram terras no local algumas famílias de descendentes de italianos, oriundos de Caxias do Sul, Farroupilha e Bento Gonçalves.
Quando os colonizadores teuto-brasileiros chegaram, praticamente não havia mais tribos indígenas sediadas nessa área. O que havia eram pequenos grupos de índios ou caboclos que viviam quase como nômades, plantando um pouco para sua sobrevivência, caçando e pescando. Mais tarde, era comum que prestassem serviços aos colonizadores – fabrico de cestos, derrubada de árvores – em troca de dinheiro ou comida. Aos poucos, e à medida em que as terras eram compradas pelos colonizadores, essas populações nativas foram saindo da região.
As dificuldades enfrentadas no início da colonização foram inúmeras e variadas. Iam desde a falta absoluta de infraestrutura – transporte, comunicação, atendimento de saúde – até a escassez de alimentos, uma vez que se dependia unicamente da produção local. Em busca de melhores condições de vida e por meio da cooperação, rapidamente a comunidade conseguiu construir sua escola, igreja e algum comércio de produtos de primeira necessidade.
Um dos aspectos mais marcantes da primeira metade do século XX foi a proibição de se falar no Brasil a língua alemã, motivada pela Segunda Guerra Mundial, que colocava os dois países em lados opostos. O problema é que grande parte dos colonizadores da localidade não dominava a língua portuguesa e toda a comunicação, nas escolas, nas igrejas e na sociedade como um todo, era realizada em alemão. Estabeleceu-se um grande conflito entre os moradores e as autoridades, que contratavam espiões para fiscalizar e prender os transgressores, muitas vezes de forma violenta.
Em 1961, ocorreu o primeiro plebiscito para a formação de Boa Vista do Buricá, mas os votos contrários prevaleceram, motivados principalmente pela disputa entre Ivagaci e a atual sede para a instalação da sede municipal. Um ano mais tarde, foi realizado o segundo plebiscito, e desta vez o “sim” venceu. Assim, em 2 de dezembro de 1963, foi criado o município de Boa Vista do Buricá.
O nome Boa Vista do Buricá deve-se a dois aspectos: o primeiro, “boa vista”, remete à visão que se tem das cabeceiras do Lajeado Alpargatas, quando deságua no Rio Buricá, a partir das coxilhas que separam a atual sede da comunidade de Ivagaci.Já Buricá é o nome do importante rio que banha as terras do município. A origem dessa palavra é tupi-guarani: “buri” é uma espécie de palmeira e “caã” significa mato. Nos primeiros anos da colonização, havia abundância dessas palmeiras na região; enquanto a derrubada das matas ocorria de forma intensa, essas palmeiras eram preservadas, pois suas longas folhas serviam de alimento para o gado, principalmente durante o inverno, seu frutinho servia de alimento tanto aos pequenos animais quanto ao homem e seu tronco, ao ser escavado, podia ser usado como condutor de água.
Cidade:
Boa Vista do Buricá
Estado:
RS
Prefeito:
JOÃO RUDINEI SEHNEM [2021]
Gentílico:
boa-vistense
Área Territorial:
109,557 km²[2019]
População estimada:
6.712 pessoas [2020]
Densidade demográfica:
60,46 hab/km² [2010]
Escolarização :6 a 14 anos
99,6 % [2010]
IDHM: Índice de desenvolvimento humano municipal
0,762 [2010]
Mortalidade infantil:
22,99 óbitos por mil nascidos vivos [2017]
Receitas realizadas:
29.753,10434 R$ (×1000) [2017]
Despesas empenhadas:
23.270,48802 R$ (×1000) [2017]
PIB per capita:
31.944,72 R$ [2018]