Chapada - RS - ProCep

Em 1915, chegaram os primeiros imigrantes alemães vindos das “colônias velhas” para Tesouras, onde haviam sido compradas terras de José e Antônio Sampaio. Já em 1920, Tesouras tinha 300 habitantes, conforme um relatório apresentado pela Secretaria do Estado dos Negócios das Obras Públicas ao então governador Borges de Medeiros. Em 1921, Te-souras foi elevado à categoria de distrito de Palmeira. A partir de 1943, o distrito de Tesouras passou a chamar-se Cairé, até que, em 1953, foi extinto.
Também por volta de 1920 iniciou-se outra colonização, ao norte de Tesouras, mais ou menos na região onde hoje é a Linha Modelo, na época chamada de Linha Kaudebach. O vendedor das terras foi Nicolau Kasper, que hoje é homenageado com nome de rua no município. A procura foi tanta que se iniciou a colonização de mais uma porção de terra, hoje ocupada pela cidade de Chapada e arredores.
Oriundos especialmente de Montenegro, São Sebastião do Caí, São Leopoldo e Lajeado, os imigrantes alemães deram ao município muitas de suas características culturais: o gosto pela música de banda e pela participação em corais, a forte religiosidade,a preocupação com a educação. Em 1917, Adolfo Hasler já lecionava na casa dos imigrantes; nesse período, a escola era particular, eram os pais dos alunos que patrocinavam o professor. Inicialmente falava-se o alemão na escola; mais tarde, duas vezes por semana, era ensinada a língua portuguesa.
Os primeiros italianos chegaram por volta de 1928, vindos de Garibaldi, Bento Gonçalves e arredores. Estabeleceram-se principalmente na Linha Westphalen e na Linha São Paulo, e foram os responsáveis pela implantação do cultivo da uva e pela sua transformação em vinho. A religiosidade também é uma das características marcantes desse povo. Suas pequenas capelas, construídas ao longo das estradas, eram dedicadas aos santos de sua devoção, muitas vezes para testemunhar uma graça recebida.