Chuí
Na fronteira com o Uruguai, na margem esquerda do Arroio Chuí, está localizada a cidade mais ao sul do Brasil. Embora tenha sido emancipada do município de Santa Vitória do Palmar apenas em 1995, sua história tem início nos primórdios da ocupação ibérica do continente sul-americano. Suas terras localizam-se no centro da área disputada por Espanha e Portugal nos séculos XVIII e XIX.
Portugal queria explorar o comércio do gado espalhado por toda a região platina por jesuítas e autoridades coloniais de Buenos Aires. A Espanha queria manter as disposições do Tratado de Tordesilhas (1494). Em 1680, os portugueses avançaram e fundaram a Colônia do Sacramento no estuário do Prata, em frente a Buenos Aires, o que só intensificou o conflito. Em 1737, fundaram Rio Grande na barra da Laguna dos Patos, de onde pretendiam proteger Sacramento e garantir a continuidade do contrabando de gado.
Preparando a chegada do brigadeiro José da Silva Paes, Cristóvão Pereira de Abreu, comerciante de gado e bom conhecedor da região, montou um posto militar avançado às margens do Arroio Chuí. Todo o povoamento futuro dessas paragens aconteceria em torno daquele quartel.
Na tentativa de diminuir as operações de guerra após a destruição de Colônia pelos espanhóis em 1777, o Tratado de Santo Ildefonso, assinado no mesmo ano pelas duas metrópoles ibéricas, estabelecia que entre o Taim e o Arroio Chuí as terras não poderiam ser ocupadas por ninguém: seriam os Campos Neutrais. Portugal jamais respeitou esse tratado e foi, aos poucos, concedendo sesmarias aos oficiais de seu exército nos ditos campos.
No século XIX, já com as províncias espanholas do Prata lutando por emancipação política e a família real portuguesa no Rio de Janeiro, a Banda Oriental do Uruguai foi ocupada pelo exército português e transformada em Província Cisplatina, pertencente ao Brasil (1821). Depois de sangrenta guerra nessa região fronteiriça, o Uruguai obteve o reconhecimento de sua independência por parte do Brasil e da Argentina (1828).
A situação das fronteiras permaneceu confusa até o tratado definitivo (1851) pelo qual o Uruguai reconheceu a incorporação dos Campos Neutrais (Taim ao Chuí) pelo império brasileiro. O trabalho de demarcação por parte do Brasil ficou a cargo do marechal Soares de Andréa.
O povoado do Chuí, originado daquele posto militar de Cristóvão Pereira, foi ao longo do tempo e dos confrontos militares destruído e reconstruído muitas vezes.
Pela situação de fronteira, de limite, e pela proximidade que irmana, o desenvolvimento econômico e cultural do Chuí brasileiro sempre esteve ligado ao do Chuy uruguaio. Voltado principalmente para a atividade do comércio, este povo é formado por uma mistura de etnias e nacionalidades que, juntas, promoveram o crescimento regional durante todo o século XX, e foram por isso contemplados com a emancipação municipal em 1995.
Portugal queria explorar o comércio do gado espalhado por toda a região platina por jesuítas e autoridades coloniais de Buenos Aires. A Espanha queria manter as disposições do Tratado de Tordesilhas (1494). Em 1680, os portugueses avançaram e fundaram a Colônia do Sacramento no estuário do Prata, em frente a Buenos Aires, o que só intensificou o conflito. Em 1737, fundaram Rio Grande na barra da Laguna dos Patos, de onde pretendiam proteger Sacramento e garantir a continuidade do contrabando de gado.
Preparando a chegada do brigadeiro José da Silva Paes, Cristóvão Pereira de Abreu, comerciante de gado e bom conhecedor da região, montou um posto militar avançado às margens do Arroio Chuí. Todo o povoamento futuro dessas paragens aconteceria em torno daquele quartel.
Na tentativa de diminuir as operações de guerra após a destruição de Colônia pelos espanhóis em 1777, o Tratado de Santo Ildefonso, assinado no mesmo ano pelas duas metrópoles ibéricas, estabelecia que entre o Taim e o Arroio Chuí as terras não poderiam ser ocupadas por ninguém: seriam os Campos Neutrais. Portugal jamais respeitou esse tratado e foi, aos poucos, concedendo sesmarias aos oficiais de seu exército nos ditos campos.
No século XIX, já com as províncias espanholas do Prata lutando por emancipação política e a família real portuguesa no Rio de Janeiro, a Banda Oriental do Uruguai foi ocupada pelo exército português e transformada em Província Cisplatina, pertencente ao Brasil (1821). Depois de sangrenta guerra nessa região fronteiriça, o Uruguai obteve o reconhecimento de sua independência por parte do Brasil e da Argentina (1828).
A situação das fronteiras permaneceu confusa até o tratado definitivo (1851) pelo qual o Uruguai reconheceu a incorporação dos Campos Neutrais (Taim ao Chuí) pelo império brasileiro. O trabalho de demarcação por parte do Brasil ficou a cargo do marechal Soares de Andréa.
O povoado do Chuí, originado daquele posto militar de Cristóvão Pereira, foi ao longo do tempo e dos confrontos militares destruído e reconstruído muitas vezes.
Pela situação de fronteira, de limite, e pela proximidade que irmana, o desenvolvimento econômico e cultural do Chuí brasileiro sempre esteve ligado ao do Chuy uruguaio. Voltado principalmente para a atividade do comércio, este povo é formado por uma mistura de etnias e nacionalidades que, juntas, promoveram o crescimento regional durante todo o século XX, e foram por isso contemplados com a emancipação municipal em 1995.
Cidade:
Chuí
Estado:
RS
Prefeito:
MARCO ANTONIO VASQUES RODRIGUES BARBOSA [2021]
Gentílico:
chuiense
Área Territorial:
202,387 km²[2019]
População estimada:
6.770 pessoas [2020]
Densidade demográfica:
29,21 hab/km² [2010]
Escolarização :6 a 14 anos
97,7 % [2010]
IDHM: Índice de desenvolvimento humano municipal
0,706 [2010]
Mortalidade infantil:
22,73 óbitos por mil nascidos vivos [2017]
Receitas realizadas:
22.187,41297 R$ (×1000) [2017]
Despesas empenhadas:
18.799,20300 R$ (×1000) [2017]
PIB per capita:
57.139,27 R$ [2018]