Crissiumal
Crissiumal, no noroeste do Rio Grande do Sul, é região de povoamento dos mais recentes. O município é limitado a noroeste pelo Alto Uruguai, que o separa da Argentina. A região, no entanto, já era conhecida há muito tempo; em 1626 penetraram os jesuítas no Rio Grande do Sul, vindos do atual território de Misiones, da Argentina. Eram espanhóis ou descendentes e vinham tomar posse, para Deus e para a Coroa, das terras e almas compreendidas a oeste do meridiano ditado em Tordesilhas.
Que toda essa zona foi explorada, não resta dúvida – um mapa bastante preciso, do padre Luiz Ernot, de 1631, traça toda a bacia dos rios Paraguai, Paraná e Uruguai. Além disso, Crissiumal dista aproximadamente 100 km da antiga Redução de São Nicolau, e se sabe que os jesuítas penetraram o Rio Grande do Sul em distância superior a 250 km daquela redução. Não há testemunha, no entanto, de que os jesuítas tenham efetivamente passado pela localidade, ou de que os bandeirantes e militares portugueses por lá andassem, ainda que isso seja muito provável.
Apenas em 1874 iria desmembrar-se Palmeira das Missões de Cruz Alta e Passo Fundo. Sua população era reduzida, e abrangia uma vasta área, de 11.000 km², na qual estava compreendido o atual município de Crissiumal. Aquele território acidentado, inclinado em direção ao Rio Uruguai, coberto de matas virgens, a ninguém tentava. Não havia uma picada aberta, sequer uma estância ou uma lavoura. Mas um fenômeno de migração interna alteraria essa situação.
Chegados ao Brasil, os colonos alemães e italianos receberam pequenos lotes de terras, que raramente atingiam 50 hectares; passados os anos, a concentração populacional era enorme. Em 1924, enquanto a densidade da população do estado era de 8 habitantes por km², a das zonas coloniais atingia 27. A partir de 1930, deslocaram-se os agricultores e suas famílias das velhas colônias em direção a zonas inexploradas, onde fundariam novos núcleos. O Alto Uruguai foi uma das regiões preferenciais, predominando aí o elemento teutônico. De Estrela, Lajeado e Sobradinho vieram imigrantes decididos a vencer a mata. Foram derrubadas as árvores e o fogo destruiu o que restou dos troncos, iniciando-se as lavouras. Nos primeiros anos da década de 1930 começou verdadeiramente a ocupação de Crissiumal. Os primeiros moradores se estabeleceram em terras do governo do estado, que mais tarde iam adquirir.
Surgiu, assim, na clareira no meio da mata, Crissiumal. Seu nome vem de uma taquara chamada criciúma, abundante na região.
O êxito do trabalho em terra fértil atraiu parentes e conhecidos dos pioneiros – e, a cada dia que passava, novas levas arribavam a Crissiumal. Estradas poeirentas abriram-se na mata, e carroças e caminhões levavam para centros maiores os produtos do novo núcleo colo-nial.
Que toda essa zona foi explorada, não resta dúvida – um mapa bastante preciso, do padre Luiz Ernot, de 1631, traça toda a bacia dos rios Paraguai, Paraná e Uruguai. Além disso, Crissiumal dista aproximadamente 100 km da antiga Redução de São Nicolau, e se sabe que os jesuítas penetraram o Rio Grande do Sul em distância superior a 250 km daquela redução. Não há testemunha, no entanto, de que os jesuítas tenham efetivamente passado pela localidade, ou de que os bandeirantes e militares portugueses por lá andassem, ainda que isso seja muito provável.
Apenas em 1874 iria desmembrar-se Palmeira das Missões de Cruz Alta e Passo Fundo. Sua população era reduzida, e abrangia uma vasta área, de 11.000 km², na qual estava compreendido o atual município de Crissiumal. Aquele território acidentado, inclinado em direção ao Rio Uruguai, coberto de matas virgens, a ninguém tentava. Não havia uma picada aberta, sequer uma estância ou uma lavoura. Mas um fenômeno de migração interna alteraria essa situação.
Chegados ao Brasil, os colonos alemães e italianos receberam pequenos lotes de terras, que raramente atingiam 50 hectares; passados os anos, a concentração populacional era enorme. Em 1924, enquanto a densidade da população do estado era de 8 habitantes por km², a das zonas coloniais atingia 27. A partir de 1930, deslocaram-se os agricultores e suas famílias das velhas colônias em direção a zonas inexploradas, onde fundariam novos núcleos. O Alto Uruguai foi uma das regiões preferenciais, predominando aí o elemento teutônico. De Estrela, Lajeado e Sobradinho vieram imigrantes decididos a vencer a mata. Foram derrubadas as árvores e o fogo destruiu o que restou dos troncos, iniciando-se as lavouras. Nos primeiros anos da década de 1930 começou verdadeiramente a ocupação de Crissiumal. Os primeiros moradores se estabeleceram em terras do governo do estado, que mais tarde iam adquirir.
Surgiu, assim, na clareira no meio da mata, Crissiumal. Seu nome vem de uma taquara chamada criciúma, abundante na região.
O êxito do trabalho em terra fértil atraiu parentes e conhecidos dos pioneiros – e, a cada dia que passava, novas levas arribavam a Crissiumal. Estradas poeirentas abriram-se na mata, e carroças e caminhões levavam para centros maiores os produtos do novo núcleo colo-nial.
Cidade:
Crissiumal
Estado:
RS
Prefeito:
MARCO AURELIO NEDEL [2021]
Gentílico:
crissiumalense
Área Territorial:
363,597 km²[2019]
População estimada:
13.357 pessoas [2020]
Densidade demográfica:
38,89 hab/km² [2010]
Escolarização :6 a 14 anos
98,8 % [2010]
IDHM: Índice de desenvolvimento humano municipal
0,712 [2010]
Mortalidade infantil:
7,52 óbitos por mil nascidos vivos [2017]
Receitas realizadas:
41.619,49743 R$ (×1000) [2017]
Despesas empenhadas:
37.252,24126 R$ (×1000) [2017]
PIB per capita:
25.509,72 R$ [2018]