Cruz Alta
A história de Cruz Alta remonta ao final do século XVII, quando uma grande cruz de madeira foi erigida a mando do padre jesuíta Anton Sepp Von Rechegg em 1698, logo após a fundação de São João Batista nos Sete Povos Missioneiros.
Mais tarde, com a demarcação do Tratado de Santo Ildefonso em 1777, a linha divisória (Campos Neutrais) que separava as terras de Espanha das de Portugal, cortava o território rio-grandense pelos divisores de água exatamente por esse local onde existia a grande cruz e uma pequena Capela do Menino Jesus. A partir de então, este imenso corredor, recebeu um grande fluxo de pessoas das mais variadas atividades, como comerciantes, desertores do exército, contrabandistas, imigrantes, etc.
A cruz alta tornou-se ponto de invernada e um grande pouso para milhares de tropeiros oriundos das fronteiras com a Argentina e Uruguai, que se dirigiam até a Feira de Sorocaba para comercialização dos animais. O local consolidou-se ainda no final do século XVIII como Pouso dos Tropeiros e muitos passaram a residir nas proximidades, até que, no início do século XIX depois de uma tentativa sem sucesso, mudaram-se então mais para o norte estabelecendo-se onde hoje está o município de Cruz Alta, cuja fundação deu-se no dia 18 de agosto de 1821 em resposta a uma petição feita pelos moradores.
Cruz Alta foi elemento importante em quase todos os principais acontecimentos políticos, militares, econômicos e religiosos que o estado vivenciou. Desde as escaramuças da Revolução Farroupilha, quando o município recém criado foi alvo de incursões militares e especulações políticas em sua Câmara de Vereadores, além de receber o Alto Comando Farrapo em janeiro de 1841 com a presença de Bento Gonçalves, Giuseppe Garibaldi, Anita Garibaldi, David Canabarro, entre tantos outros. Já na Guerra do Paraguai, Cruz Alta forneceu um sem número de voluntários que pelearam sob o comando do Coronel Jango Vidal e do Brigadeiro José Gomes Portinho (depois agraciado com o título de barão da Cruz Alta) nas Companhias de Voluntários nºs 19 e 40 e da 4ª Divisão de Cavalaria. Durante a sangrenta Revolução de 1893, o município apelidada de Ninho dos Pica-paus foi um dos mais importantes palcos dos acontecimentos e o lugar onde a prática da degola neste período foi mais intensa. Milhares de pessoas tombaram pelos campos e no município, vítimas desta que foi talvez a mais sangrenta revolução da América Latina. Cruz Alta foi atacada em 26 de agosto de 1894 pelas tropas maragatas sob o comando de Aparício, irmão de Gumercindo Saraiva (morto dias antes em Carovi) com aproximadamente 1500 homens. Já na Revolução de 1923, hordas de tropas circulavam incessantemente por seu território, depois dos alinhavados permeados de conchavos registrados nas dezenas de correspondências trocadas entre Borges de Medeiros e Firmino de Paula para maquinar os destinos da Revolução.
Mais tarde, com a demarcação do Tratado de Santo Ildefonso em 1777, a linha divisória (Campos Neutrais) que separava as terras de Espanha das de Portugal, cortava o território rio-grandense pelos divisores de água exatamente por esse local onde existia a grande cruz e uma pequena Capela do Menino Jesus. A partir de então, este imenso corredor, recebeu um grande fluxo de pessoas das mais variadas atividades, como comerciantes, desertores do exército, contrabandistas, imigrantes, etc.
A cruz alta tornou-se ponto de invernada e um grande pouso para milhares de tropeiros oriundos das fronteiras com a Argentina e Uruguai, que se dirigiam até a Feira de Sorocaba para comercialização dos animais. O local consolidou-se ainda no final do século XVIII como Pouso dos Tropeiros e muitos passaram a residir nas proximidades, até que, no início do século XIX depois de uma tentativa sem sucesso, mudaram-se então mais para o norte estabelecendo-se onde hoje está o município de Cruz Alta, cuja fundação deu-se no dia 18 de agosto de 1821 em resposta a uma petição feita pelos moradores.
Cruz Alta foi elemento importante em quase todos os principais acontecimentos políticos, militares, econômicos e religiosos que o estado vivenciou. Desde as escaramuças da Revolução Farroupilha, quando o município recém criado foi alvo de incursões militares e especulações políticas em sua Câmara de Vereadores, além de receber o Alto Comando Farrapo em janeiro de 1841 com a presença de Bento Gonçalves, Giuseppe Garibaldi, Anita Garibaldi, David Canabarro, entre tantos outros. Já na Guerra do Paraguai, Cruz Alta forneceu um sem número de voluntários que pelearam sob o comando do Coronel Jango Vidal e do Brigadeiro José Gomes Portinho (depois agraciado com o título de barão da Cruz Alta) nas Companhias de Voluntários nºs 19 e 40 e da 4ª Divisão de Cavalaria. Durante a sangrenta Revolução de 1893, o município apelidada de Ninho dos Pica-paus foi um dos mais importantes palcos dos acontecimentos e o lugar onde a prática da degola neste período foi mais intensa. Milhares de pessoas tombaram pelos campos e no município, vítimas desta que foi talvez a mais sangrenta revolução da América Latina. Cruz Alta foi atacada em 26 de agosto de 1894 pelas tropas maragatas sob o comando de Aparício, irmão de Gumercindo Saraiva (morto dias antes em Carovi) com aproximadamente 1500 homens. Já na Revolução de 1923, hordas de tropas circulavam incessantemente por seu território, depois dos alinhavados permeados de conchavos registrados nas dezenas de correspondências trocadas entre Borges de Medeiros e Firmino de Paula para maquinar os destinos da Revolução.
Cidade:
Cruz Alta
Estado:
RS
Prefeito:
PAULA RUBIN FACCO LIBRELOTTO [2021]
Gentílico:
cruzaltense
Área Territorial:
1.358,818 km²[2019]
População estimada:
59.922 pessoas [2020]
Densidade demográfica:
46,18 hab/km² [2010]
Escolarização :6 a 14 anos
97,2 % [2010]
IDHM: Índice de desenvolvimento humano municipal
0,750 [2010]
Mortalidade infantil:
6,96 óbitos por mil nascidos vivos [2017]
Receitas realizadas:
153.363,77104 R$ (×1000) [2017]
Despesas empenhadas:
143.288,81372 R$ (×1000) [2017]
PIB per capita:
65.065,59 R$ [2018]