Três Barras
Três Barras Santa Catarina - SC
Histórico:
Registre aqui os principais dados históricos que deram origem a formação do município.
Aí por 1850 José Teixeira Carneiro e Lucas Cordeiro obtiveram a feixa de terras compreendidas à margem esquerda de Rio Negro foz de S. João abaixo até a barra de Canoinhas, este até os saltos, e aí uma linha até encontrar o arroio Papanduva descendo ao seu desague em S. João por ele abaixo para encontrar o ponto de partida. Era uma extensa área inesplorada que os sertanistaspercorreram dando o nome aos rios e acidentes do terreno, Bugre, Pardos, Tigre, Duas Barras (por um motivo qualquer transformando em Três Barras).
Posteriormente os Cordeiros, Manoel e Benedito, filhos de José se estabeleceram em São João dos Pobres, perderam em luta com os índios, todos os seus haveres e gado, sendo obrigados a se retirarem.
Em 1893 Benvin do Pacheco, casado com D. Maria Cordeiro, filha de Manoel, reunia seus camaradas, mulas e algum gado, atravessava o Rio Várzea rumando para a posse de José Cordeiro, ao mesmo tempo que o destino tecendo os fios das vidas de outros arrojados aventureiros, fazia-os descer as serras vindo dos campos de Curitibanos e Lajes; abrindo picadas na mata virgem até as barrancas do Canoinhas, margem esquerda, cerca de 15 quilômetros de Três Barras, escolhiam e demarcavam uma área, num lugar alto, limpo, lavada de sol, onde se descortinava um panorama soberbo, as campinas e morros circunjacentes, erguiam um cruzeiro tosco de cedro mesmo derrubado, e a tardinha, cansados da luta árdua, requeimados e endurecidos pelas intempéries encostaram as armas inseparáveis; aqueles homens que a luta constante embotara, barba e cabelos revoltos se descobriram e ajoelhados, humildes e contritos oraram. E as primeiras vozes cristans alvoroçaram os ermos, elevaram-se numa prece simples pela povoação nascente de Santa Cruz das Canoinhas.
Canoinhas e Três Barras não são exemplos esporádicos do esforço e tenacidade de homens abnegados e fortes. No Brasil cada palmo de terra tem a sua história ligada ao sangue de bravos. Logo depois da revolução, maragatus e picapaus, os saraivas e sua gente, em retirada foram deixando por toda esta zona, desertores que se fizeram aos antigos moradores formando nucleos e povoações. A jurisdição catarinense apesar de pleitear seus limites pelas margens esquerda dos rios Negro e Iguaçu, terminava em Rio Preto, afluente do Negro recuando pelo divisor de águas das serras gerais, de sorte que o estado do Paraná, exercia de fato, jurisdição plena em toda vasta faixa desde o Rio Preto, Rio Begro, Iguaçu até a sua foz.
Entretanto, apesar dos reiterados esforços de sua polícia, os moradores de Santa Cruz de Canoinhas, já então próspera e acrescida com a vinda de novos proprietários e posseiros repelia as incursões da força paranaense, mantendo entre os Rios Canoinhas e Anta Gorda, exíguo trato inteiramente fiel à Santa Catarina.
Paula Pereira, Eugênio de Souza, Tomaz Vieira, José Sabatke, Roberto Ehlk e outros isolados de Curitibanos e Lajes, por oito dias de caminho entre serras, onde os bugres não raro os atacava pontilhado de cruzes, ainda não existentes, os passos mais acidentados de Lajeadinho, Riacho Grande, Lucindo, Serra das Mortes e outras, se mantiveram resistindo sempre, até que Cel. Vidal Ramos então Governador (o CEL. Albuquerque Superintendente de Curitibanos) criou os distrito de paz de Santa Cruz de Canoinhas, logo elevado a município e comarca.
Três Barras, separado Canoinhas apenas pelo Rio e alguns quilômetros pertencia à família Pacheco: Benvido que fora o primeiro e recebera a posse de sua mulher Maria Cordeiro, posteriormente se transladara para Rio Bugre, João Pacheco pai e chefe de numerosa família, se estabelecendo ali em lugar que denominou Boa Vista. Nesse tempo à margem do S. João, a família Cavalheiro formava o cultivo ao qual se juntaram os Schuks, os Maciéis os Correias e outros.
Com a construção da linha São Francisco - Foz Iguaçu, à margem esquerda dos rios Negro e Iguaçu e acordam do Superior Tribunal Federal dando ganho à Santa Catarina na questão de limites todo o contestado se agitou, atraindo forasteiros.
Benvindo Pacheco, homem inteligente e de alta visão, vendera em Três Barras, seus pinheiros e uma gleba de terras à Southern Brazil Lumer S/A companhia norte americana e recém autorizada a funcionar no Brazil, construindo-se aqui, a maior serraria da América do Sul.
Começara a funcionar em 1911 e suspendera em fins de 1913 em consequência da revolução dos fanáticos Recomeçando em 1915, trabalha desde então como um dos fatores mais destacados do progresso deste distrito.
A Benvindo Pacheco e Scherman A . Bishop deve Três Barras assinalados serviços. Amigos ambos, dinâmicos propugnadores de progresso, criaram as colônias de Tigre, Barra Grande e Três Barras. A eles devemos este núcleo de trabalho que hoje desfruta-mos sem pensar nas canceiras e nos perigos que arrastaram.
Sob a jurisdição da comarca de Rio Negro foi criado em 1913, o distrito policial de Três Barras, elevando a município e termo pela lei n. 1365, de 5 de março de 1914 e instalada pelo seu primeiro juiz municipal Dr. Gil Costa a 10 de junho do mesmo ano, Alfredo Nogueira adjunto de promotor, Didio Augusto Prefeito, camarista os srs. Firmino P. dos Santos Lima, Luiz Pacheco de Miranda Lima, José P. dos Santos , Claro Janson, Mateus Canela e João Teotonio de Oliveira, Tenente José Pereira de Moraes comandante do destacamento e subdelegado Alois Wolken Juiz distrital.
Incorporado ao município de Canoinhas em razão do acordo de limites Wenceslau Braz Felipe Scmidt - Afonso de Camargo. O Sr. Fulvio Aducci, Ivo de Aquino e Tiago da Fonseca,
o primeiro com o secretário Geral do governo catarinense, autoridades de Canoinhas, e grande número de pessoas, foram recebidos pela diretoria da Com. Lumber sendo lhes oferecido um almoço pelo Sr. Scherman Bishop no Cassino Lumber.
No dia 28 de outubro de 1917 foi lavrada ata de instalação do Distrito de Três Barras, Comarca de Canoinhas, sendo seu primeiro intendente o Dr. Osvaldo de Oliveira. Desde esse tempo o distrito tem seguido a sua marcha sempre ascencional, unido por traços fortes à política a gente catarinense, e impulsionado por homens honestos e trabalhadores, dá o seu esforços constante, assíduo para a grandeza de Santa Catarina e do Brasil.
Em 1940 a Southern Brazil Lumber S. A . foi incorporada pelo Governo Federal e em 1952 passou para o Ministério da Guerra, foi instalado o Campo de Instrução “Marechal Hermes”.
Em 23 de dezembro de 1960, Três Barras foi desmembrada de Canoinhas e a 23 de janeiro de 1961 foi instalada o novo município.
Gentílico: três-barrense
Formação Administrativa:
Distrito criado com a denominação de Três Barras, por lei municipal nº 73, de 10-091917, é subordinado ao município de Canoinhas. Em divisão administrativa refrente ao ano 1933, o distrito de Três Barras figura no município então denominado Canoinhas.Assim permanecendo em divisão territorial datados em 31-XII-1936 e 31-XII-1937.No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito de Três Barras figura no município de Canoinhas.Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o distrito de Três Barras figura no município de Canoinhas.
Elevado à categoria de município com a denominação de Três Barras, pela lei estadual nº 632, de 23-12-1960, desmembrado de Canoninhas. Sede no antigo distrito de Três Barras. Constituído do distrito sede. Instalado em 23-01-1961.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede. Pela lei estadual nº 9517, de 25-08-1981, é criado o distrito de São Cristovão e anexado ao município de Canoínhas.Em divisão territorial datada de 18-VIII-1988, o município é constituído de 2 distritos: Três Barra e São Cristovão.Assim permanecendo em divisão territorial datada de 14-V-2001.
Histórico:
Registre aqui os principais dados históricos que deram origem a formação do município.
Aí por 1850 José Teixeira Carneiro e Lucas Cordeiro obtiveram a feixa de terras compreendidas à margem esquerda de Rio Negro foz de S. João abaixo até a barra de Canoinhas, este até os saltos, e aí uma linha até encontrar o arroio Papanduva descendo ao seu desague em S. João por ele abaixo para encontrar o ponto de partida. Era uma extensa área inesplorada que os sertanistaspercorreram dando o nome aos rios e acidentes do terreno, Bugre, Pardos, Tigre, Duas Barras (por um motivo qualquer transformando em Três Barras).
Posteriormente os Cordeiros, Manoel e Benedito, filhos de José se estabeleceram em São João dos Pobres, perderam em luta com os índios, todos os seus haveres e gado, sendo obrigados a se retirarem.
Em 1893 Benvin do Pacheco, casado com D. Maria Cordeiro, filha de Manoel, reunia seus camaradas, mulas e algum gado, atravessava o Rio Várzea rumando para a posse de José Cordeiro, ao mesmo tempo que o destino tecendo os fios das vidas de outros arrojados aventureiros, fazia-os descer as serras vindo dos campos de Curitibanos e Lajes; abrindo picadas na mata virgem até as barrancas do Canoinhas, margem esquerda, cerca de 15 quilômetros de Três Barras, escolhiam e demarcavam uma área, num lugar alto, limpo, lavada de sol, onde se descortinava um panorama soberbo, as campinas e morros circunjacentes, erguiam um cruzeiro tosco de cedro mesmo derrubado, e a tardinha, cansados da luta árdua, requeimados e endurecidos pelas intempéries encostaram as armas inseparáveis; aqueles homens que a luta constante embotara, barba e cabelos revoltos se descobriram e ajoelhados, humildes e contritos oraram. E as primeiras vozes cristans alvoroçaram os ermos, elevaram-se numa prece simples pela povoação nascente de Santa Cruz das Canoinhas.
Canoinhas e Três Barras não são exemplos esporádicos do esforço e tenacidade de homens abnegados e fortes. No Brasil cada palmo de terra tem a sua história ligada ao sangue de bravos. Logo depois da revolução, maragatus e picapaus, os saraivas e sua gente, em retirada foram deixando por toda esta zona, desertores que se fizeram aos antigos moradores formando nucleos e povoações. A jurisdição catarinense apesar de pleitear seus limites pelas margens esquerda dos rios Negro e Iguaçu, terminava em Rio Preto, afluente do Negro recuando pelo divisor de águas das serras gerais, de sorte que o estado do Paraná, exercia de fato, jurisdição plena em toda vasta faixa desde o Rio Preto, Rio Begro, Iguaçu até a sua foz.
Entretanto, apesar dos reiterados esforços de sua polícia, os moradores de Santa Cruz de Canoinhas, já então próspera e acrescida com a vinda de novos proprietários e posseiros repelia as incursões da força paranaense, mantendo entre os Rios Canoinhas e Anta Gorda, exíguo trato inteiramente fiel à Santa Catarina.
Paula Pereira, Eugênio de Souza, Tomaz Vieira, José Sabatke, Roberto Ehlk e outros isolados de Curitibanos e Lajes, por oito dias de caminho entre serras, onde os bugres não raro os atacava pontilhado de cruzes, ainda não existentes, os passos mais acidentados de Lajeadinho, Riacho Grande, Lucindo, Serra das Mortes e outras, se mantiveram resistindo sempre, até que Cel. Vidal Ramos então Governador (o CEL. Albuquerque Superintendente de Curitibanos) criou os distrito de paz de Santa Cruz de Canoinhas, logo elevado a município e comarca.
Três Barras, separado Canoinhas apenas pelo Rio e alguns quilômetros pertencia à família Pacheco: Benvido que fora o primeiro e recebera a posse de sua mulher Maria Cordeiro, posteriormente se transladara para Rio Bugre, João Pacheco pai e chefe de numerosa família, se estabelecendo ali em lugar que denominou Boa Vista. Nesse tempo à margem do S. João, a família Cavalheiro formava o cultivo ao qual se juntaram os Schuks, os Maciéis os Correias e outros.
Com a construção da linha São Francisco - Foz Iguaçu, à margem esquerda dos rios Negro e Iguaçu e acordam do Superior Tribunal Federal dando ganho à Santa Catarina na questão de limites todo o contestado se agitou, atraindo forasteiros.
Benvindo Pacheco, homem inteligente e de alta visão, vendera em Três Barras, seus pinheiros e uma gleba de terras à Southern Brazil Lumer S/A companhia norte americana e recém autorizada a funcionar no Brazil, construindo-se aqui, a maior serraria da América do Sul.
Começara a funcionar em 1911 e suspendera em fins de 1913 em consequência da revolução dos fanáticos Recomeçando em 1915, trabalha desde então como um dos fatores mais destacados do progresso deste distrito.
A Benvindo Pacheco e Scherman A . Bishop deve Três Barras assinalados serviços. Amigos ambos, dinâmicos propugnadores de progresso, criaram as colônias de Tigre, Barra Grande e Três Barras. A eles devemos este núcleo de trabalho que hoje desfruta-mos sem pensar nas canceiras e nos perigos que arrastaram.
Sob a jurisdição da comarca de Rio Negro foi criado em 1913, o distrito policial de Três Barras, elevando a município e termo pela lei n. 1365, de 5 de março de 1914 e instalada pelo seu primeiro juiz municipal Dr. Gil Costa a 10 de junho do mesmo ano, Alfredo Nogueira adjunto de promotor, Didio Augusto Prefeito, camarista os srs. Firmino P. dos Santos Lima, Luiz Pacheco de Miranda Lima, José P. dos Santos , Claro Janson, Mateus Canela e João Teotonio de Oliveira, Tenente José Pereira de Moraes comandante do destacamento e subdelegado Alois Wolken Juiz distrital.
Incorporado ao município de Canoinhas em razão do acordo de limites Wenceslau Braz Felipe Scmidt - Afonso de Camargo. O Sr. Fulvio Aducci, Ivo de Aquino e Tiago da Fonseca,
o primeiro com o secretário Geral do governo catarinense, autoridades de Canoinhas, e grande número de pessoas, foram recebidos pela diretoria da Com. Lumber sendo lhes oferecido um almoço pelo Sr. Scherman Bishop no Cassino Lumber.
No dia 28 de outubro de 1917 foi lavrada ata de instalação do Distrito de Três Barras, Comarca de Canoinhas, sendo seu primeiro intendente o Dr. Osvaldo de Oliveira. Desde esse tempo o distrito tem seguido a sua marcha sempre ascencional, unido por traços fortes à política a gente catarinense, e impulsionado por homens honestos e trabalhadores, dá o seu esforços constante, assíduo para a grandeza de Santa Catarina e do Brasil.
Em 1940 a Southern Brazil Lumber S. A . foi incorporada pelo Governo Federal e em 1952 passou para o Ministério da Guerra, foi instalado o Campo de Instrução “Marechal Hermes”.
Em 23 de dezembro de 1960, Três Barras foi desmembrada de Canoinhas e a 23 de janeiro de 1961 foi instalada o novo município.
Gentílico: três-barrense
Formação Administrativa:
Distrito criado com a denominação de Três Barras, por lei municipal nº 73, de 10-091917, é subordinado ao município de Canoinhas. Em divisão administrativa refrente ao ano 1933, o distrito de Três Barras figura no município então denominado Canoinhas.Assim permanecendo em divisão territorial datados em 31-XII-1936 e 31-XII-1937.No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito de Três Barras figura no município de Canoinhas.Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o distrito de Três Barras figura no município de Canoinhas.
Elevado à categoria de município com a denominação de Três Barras, pela lei estadual nº 632, de 23-12-1960, desmembrado de Canoninhas. Sede no antigo distrito de Três Barras. Constituído do distrito sede. Instalado em 23-01-1961.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede. Pela lei estadual nº 9517, de 25-08-1981, é criado o distrito de São Cristovão e anexado ao município de Canoínhas.Em divisão territorial datada de 18-VIII-1988, o município é constituído de 2 distritos: Três Barra e São Cristovão.Assim permanecendo em divisão territorial datada de 14-V-2001.
Cidade:
Três Barras
Estado:
SC
Prefeito:
LUIZ DIVONSIR SHIMOGUIRI [2021]
Gentílico:
três-barrense
Área Territorial:
436,496 km²[2019]
População estimada:
19.366 pessoas [2020]
Densidade demográfica:
41,43 hab/km² [2010]
Escolarização :6 a 14 anos
96,2 % [2010]
IDHM: Índice de desenvolvimento humano municipal
0,706 [2010]
Mortalidade infantil:
10,53 óbitos por mil nascidos vivos [2017]
Receitas realizadas:
78.178,11955 R$ (×1000) [2017]
Despesas empenhadas:
61.047,07090 R$ (×1000) [2017]
PIB per capita:
58.050,25 R$ [2018]